sexta-feira, 30 de novembro de 2007

o paradigma do devaneio!

Subitamente cresceu em mim algo de muito intenso e drástico que perturba os meus pensamentos e anseia a minha alma! Apesar dos esforços persistentes e ininterruptos não tenho capacidades psicológicas para desvendar este incomodo tão real. Por isso, pensei em cantar para afugentar estes pássaros que assombram o meu mais dúbio pensamento… pensei em dançar para maldizer os escárnios e a tentação afligida ao pensamento… pensei em correr loucamente largando os pesos da mente na calçada… pensei apenas em tomar um doce e quente chá com o intuito de aquecer o que o gelo teima em congelar! Ou então escrever… escrever desenfreadamente as palavras que o pensamento delibera… sem qualquer lógica ou conexão… construindo frases bravias! Remeti este interminável questionamento para o amor… para a paixão e, consequentemente para a dor! Contudo, depreendi que, hoje, o meu pensamento está dissociado dessa implacabilidade! Mas mantendo esta exuberante vontade de encontrar e percorrer este caminho do pensamento procurei intimamente as respostas! Interrogo-me como é possível desintegrar o pensamento da canícula do coração! Como é possível aliviar o pensamento dos males que perturbam o coração! Como é possível quebrar estas correntes tórridas do dinamismo intelectual! Atrevo-me a afirmar que nunca serei um ser, mesmo que forçosamente, demasiado racional! Apesar de racionalizar as racionalidades da existência e procurar os pensamentos mais imperturbáveis, as questões mais macabras e as respostas mais insensatas! Posso criar uma ínfima parte do mundo! Porque no Fédon o próprio Platão descreveu um mundo completamente estranho ao que nos é permitido visualizar, interpretar e compreender! Será que apenas transferiu para o papel o que Sócrates havia lhe ensinado tão intensamente… somos, realmente, capazes de racionalizar (mantendo o sussurro da emoção)! Imaginar e Criar… teimar que essa imaginação imaginada é a pura verdade e a lógica da humanidade!

Criar o método mundano num papel que poderá ser vivido… nem que seja apenas por mim!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Anúncio…

“Rapaz com futuro procura rapariga sem passado!!!”

As saudações natalícias

É cada vez mais recorrente no final do mês de Setembro, inícios de Outubro as instâncias comerciais investirem em produtos para o Natal. E as pessoas começam de imediato a desejar um Feliz Natal…
Creio que tornou-se moda e não o fazem com sentimento, mas sim porque fica sempre bem dizer… É como se esperassem por esta época para desejar, o que de bom existe aos outros!!!
O Natal é uma época consumista e que dá lucro ao comércio… não existem metamorfoses, mas sim camuflagens… Acontece uma falsa transformação que é momentânea.
A nossa passagem por esta vida não se resume ao Natal… não esperem por esta data para darem presentes, até porque já são esperados. E não têm tanto valor sentimental…eheheh

E só se vive uma vez…

Poio!

Peremptoriamente, que toda a gente sabe que no nosso pequeno Portugal existe uma disparidade linguística, ou seja, que as pessoas atribuem diferentes sinónimos às palavras! Ou então, atribuem sons diferentes ao pronunciar algumas sílabas. Eu, como mulher do Minho, também tenho algumas peculiaridades linguísticas como por exemplo: Bou ir.
Biba, ao meu eterno sotaque nortenho com uma mistura de sílabas do porto e outros daqui da zona do alto Minho!
Considero esta característica (talvez defeito) como algo demasiado intrínseco que advém da minha estranha socialização. No entanto, somente reforço o meu sotaque aquando de divertidas situações, isto é, na brincadeira! (risos) Não é que me orgulho de dar alguns erros linguísticos (por vezes, bastante graves, como Bácina)… porém, volto a referir que é algo natural.
Tamanha introdução só para demonstrar que existe um leque variadíssimo de diferenças bizarras que caracterizam as zonas e as pessoas! Num dos muitos momentos de interacção com a minha mana Alice, percebi que em terras paradisíacas da madeira referem por vezes a palavra poio com outro sentido, dispare do significado nortenho, contudo de acordo com o dicionário português! Fiquei estupefacta quando na conversa ela diz: há um poio em frente a minha casa! Ainda parva com o teor da conversa respondi: lá na minha terra há muitos espalhados pelo caminho! Após este contra-senso demos início à nossa discussão sobre o termo poio envolvida em gargalhadas e, consequentemente, com o recurso a outros termos próprios da madeira e de biana de castillo, não esquecendo a nossa amada inbicta!

Que vicissitudes linguísticas…

domingo, 25 de novembro de 2007

Quanto mais esticas a corda... mas facilmente ela rompe!

Numa das imensas conversas filosóficas com a minha PP reflecti sobre uma das minhas características mais peculiares… o gosto e a vontade incessante de procurar a verdade, a razão da existência e a interrogação das adversidades. Ou seja, estou constantemente a questionar o meu redor e inflectir sobre o mesmo. Sobretudo, no que concerne a situações incomodativas, dolorosas e incompreensíveis. Por isso, também existe uma tendência para ficar magoada com as situações… procuro as respostas e as explicações das respostas e por vezes são demasiado sofríveis para as compreender dignamente… porém o tempo encarrega-se de as controlar. Devia ser mais cautelosa com as perguntas que faço, para que consiga obter respostas mais agradáveis à mente, ao coração e ao próprio corpo.
Ah, ainda pensei (reflecti, analisei) sobre as situações em que sou bastante inoportuna e aborrecida, pois escavo até encontrar a resposta e arrebento com a corda.
Afinal, temos características semelhantes!
"o que eu faço afinal são pontes"

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Mas que vício!

Hoje, quando cheguei a casa… tinha uma carta em cima da mesa da sala de jantar! Não tinha remetente… mas tentei encontrar qualquer vestígio que me permitisse descodificar a pessoa que me mandou! Caiu em desuso uma bonita forma de comunicação… que ligava os cantos do mundo a um papel, um envelope e algumas palavras e, sobretudo, ligava as pessoas! Perguntei-me: quem se teria lembrado de me enviar uma carta?! Olhei para o selo para perceber em que cidade fora deixada! E encontrei Machico lá escrito! Se não soubesse que Machico é uma cidade da nossa ilha madeirense, teria que desvendar o resto da carta para entender que foste tu que me escreveste!
Inicias o teu texto desarrumado com umas palavras de saudosismo intenso… que me deixam profundamente perturbada com esta distância! E fico ainda mais triste por saber que não estás… como tu e eu sabemos… mas alegra-me ter conhecimento destes nossos eternos laços! Que foram desenhados, construídos e desvendados ao sabor do tempo do Porto. Mas que porto fui eu encontrar no teu coração!
Incontestavelmente, que tens uma loira na tua vida! E não precisas de muito esforço para a manter… basta continuares a prender-me a ti! Até podes apertar excessivamente, porque eu não fujo com medo das amarras!
É incrível como pensei toda a tarde nos nossos significativos momentos…
Prende-me a ti!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

S. Martín de Oscos!

...Apanhei o carro do Racking na estação de serviço de Viana do Castelo… estava apetrechado de alguns exemplares de música popular portuguesa… por isso, rumamos até S. Martin de Oscos ouvindo a cabritinha, o apita o comboio e as restantes colecções que os Xusses tinham previamente seleccionado com muito carinho. Português que é Português tem que ter em sua posse uma música pimba para demonstrar, neste caso, aos nuestros hermanos a exuberante qualidade da mesma! Além de que, assim não havia a possibilidade de adormecer… pois aquela música aviva qualquer alma moribunda!
Os três primeiros quilómetros da viagem corriam bem… até que nos enganamos e fomos dar uma voltinha a umas vilas vianenses… pensámos: uau, se nos enganámos em terras lusitanas o que fará após passar a fronteira, sobretudo quando os olhinhos já tiverem mais pequeninos do cansaço!... Mas qual cansaço!? Nós estávamos com a vitalidade toda… até atirávamos energia pela janela.
Quando pusemos o primeiro pé em solo espanhol até o coração (tão quente) se enregelou com o frio que aquelas terras demandam. Mas para nosso encanto… os espanhóis aegeanos que nos aguardavam, riram-se, quando dissemos que estávamos com frio e ainda em Santiago de Compostela. (risos) Pois, mal nós sabíamos que aquilo era calor!
Esta foi a nossa última paragem até chegarmos ao nosso querido e desejado destino… conforme deslizávamos na estrada a paisagem revelava-se… as montanhas cobertas de geada, o cheiro a um Inverno delicioso e o escuro que escondia a beleza real das Astúrias.
Chegados ao pequeno e belo pueblo de S. Martin de Oscos… um dos Xusses teve a delicadeza de deixar o seu cheiro, como forma de marcar o território, atrás de um veículo… no entanto, o líquido libertado devia ter ficado em gelo instantaneamente. (risos) Como os nossos simpáticos e amigos espanhóis estavam sem rede (valha-me Deus ou Jesus Cristo, a rede espanhola é pior que a portuguesa) decidimos iniciar o nosso ritual de disfarce, pondo os conhecidíssimos óculos do racking e os menos conhecidos chapéus de Carnaval. E para acompanhar pusemos a música popular portuguesa a bombar… e demos continuidade ao nosso baile mas com os pés bem assentes no chão, porque até então tínhamos dançado mas com o rabo assente nos bancos do carro!
Dizem vocês: que grandes malucos! … Mas se não fosse esta nossa iniciativa tão vistosa não teríamos sido reconhecidos pelo pessoal da Aegee Oviedo, que já nos aguardava há alguns minutos. No entanto, toda a nossa jovialidade e alegria se desmoronaram quando nos disseram que os restantes estavam a dormir profundamente. Prontos, mas este desânimo apenas durou cinco segundos porque depois já estávamos nós com vontade de encharcar o sangue com álcool e empanturrar o estômago com comidinha de Portugal e Espanha. Desta forma, no albergue demos continuidade à nossa robusta boa disposição… encharcamos… comemos e dançámos o pimba… até que por cansaço decidimos ir dormir um pouco e acordar levemente os que já dormiam há horas com o: Io soy tan tan tan Lesbiana!
No dia seguinte, acordamos cheios de racking e com uma valente dor de cabeça! Porém, abandonamos as dores de cabeça momentaneamente e apresentamos a AEGEE Porto-Invicta com algumas coreografias previamente ensaiadas durante a viagem. Os espanhóis ficaram boquiabertos com a nossa grande aptidão para o baile…boa disposição… dinamismo! Estupendo! Depois começamos a trabalhar, trabalhar e trabalhar… até ao momento de algumas dinâmicas que nós, portugueses, levamos para dar ânimo à estadia!
…até que chegou o momento do nosso aprazível circuito pelas montanhas! Numa das nossas paragens conhecemos um Ferreiro que ainda faz alguns artefactos com a ajuda da força da água e do moinho, blá, blá, (esta parte não percebi porque o homem era austríaco e falava espanhol.) (risos) Um dos Xusses lembrou-se que tinha força suficiente para fazer um prego! … Martelou e martelou mas o raio do prego ficou torto… e então teve que fazer outro para desespero dos restantes… pois lá tínhamos nós que lhe soprar um pouco de Força, Força, Força… mas o que nos apetecia era aquecer os pés na fogueira!
Após isto fomos até um bar, café, tasca (não sei como denominar o sítio) beber uma cidra e um vinho quente! O vinho para além de nos aquecer teve outro efeito, pois nos minutos seguintes decidimos fazer uma rixa musical com os espanhóis com o intuito de perceber quem cantava e encantava melhor. Os vencedores: os imbatíveis! Mas eles ganharam-nos, posteriormente, no restaurante a beber o vinho tinto! São coisa que acontecem… pois nós estamos habituados à receita!
Após o jantar começou a grande festarola no albergue… com o pessoal já bastante quente com o álcool… e com a música portuguesa. Indubitavelmente, que tivemos que repetir as nossas belas coreografias… não fossemos nós os profissionais de baile. Esta noite acabou com os Xusses todos arruinados…adormeci com a roupinha do dia, que por acaso, também já era do dia anterior (degredo) … dormi sossegada e implacavelmente pois nem ouvi a barafunda que a Xuss estava a fazer com o martelo do S. João! Call on me… call me!
Na manhã seguinte… mais umas horas de trabalho… em que tive que organizar uma visita ao Mosteiro da Batalha e, mais tarde, fazer de guia de um bando de inquietos e impacientes turistas. (risos)
Após o jantar, arrumamos os nossos sacos, demos aquele abracinho especial… e partimos rumo a Portugal…
...hoje sei falar portonhol!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O cacto amarelo!!!

O cacto que foi acolhido com grande estimação e amor … e que por razões incertas já não existe fisicamente…
E como tudo aquilo que gostamos não gostamos que deixe de existir, a visão do seu estado foi terrivelmente triste…
É verdade, como é que um cacto morre num mês… a culpa também foi minha pois abandonei-o nesse tempo … e por falta de carinho e atenção, aliado a outros factores … não sei se suicídio ou homicídio já não está no seu nicho...
E os pequenos espinhos do cacto foram sentidos aquando da discussão da sua morte… mas a grandeza das palavras e das nossas expressões fizeram com que a dor se aniquila-se…

Viu a luz…

Ao fim de alguns meses de gestação nasceu o philos inbicta!!! Viu a luz, resistiu e deu os primeiros passos… eheheh Ao crescer tem a responsabilidade de ser o espelho das expressões, impressões, autocolantes, pin´s … lol das vivências na bela invicta e não só…

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O cacto que morreu!

Lembraste do cacto? Do cacto amarelo? Aquele que morreu à sede? Esse mesmo! Era tão… tão… amarelo, bonito e sereno… para além de pequenino… e só pedia para que lhe desses um olá ao chegar e ao partir e um pouco de água para se deleitar enquanto esperava por ti.
Mas morreu! (risos) e à sede! Como é possível alguém deixar um cacto morrer?!? Quando o comprei para te oferecer (no teu aniversário) numa das tuas chegadas, pensei: é a flor ideal para ti! Assim podes ficar em minha casa e não precisas de te preocupar com a flor! Podemos ir até ao piolho e depois ao contagiarte abanar a cabeça e não tens que ficar desassossegada!
Ora, no dia em que o encontramos moribundo, disseste que a culpa era da … essa mesmo… porque não cuidou dele enquanto tiveste nas aldeias perdidas da madeira. Ri-me… mas ri-me intensamente… como podes culpar alguém de homicídio se tu própria o cometeste involuntariamente.
Numa das nossas muitas aventuras… mas desta vez em terras de nuestros hermanos… ou talvez já em Portugal… começamos a falar deste assunto tão melancólico… e eu disse: quem deixa morrer um cacto não tem capacidades nem competências para criar e manter uma relação.
Confesso, este mandamento… um pouco desconexo, por vezes, da realidade… não identifica o que realmente és. Porque ainda estou aqui! Mas este aqui implica muito mais do que estar neste espaço em que estou neste exacto momento… implica estar ai também. Perto!
Acho que devias bradar aos céus para que criassem uma tempestade… e que provocasse algumas ondas que tivessem força suficiente para empurrar essa tua “grande” (risos) ilha para perto! Da inbicta!
"the same city I go when I sleep"

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

biba ao blog!

Depois de algumas incertezas relativamente à construção do blog... aqui está ele... para dar asas à "nossa" imaginação literária... aos pensamentos mais palermas e estúpidos que possamos ter no quotidiano... mesmo sem sentido, ou com muito sentimento, ou apenas para dar continuidade a um "mini-projecto" denominado de philos inbicta.


"enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar"